O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu colega chinês, Xi Jinping, terão uma reunião on-line na próxima segunda-feira, sua terceira conversa neste ano, em meio à tensão crescente entre Washington e Pequim.
O anúncio foi feito pela Casa Branca, confirmando rumores que circulavam há dias. “Os dois líderes irão discutir formas de administrar com responsabilidade a concorrência” entre as duas potências, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki. “O presidente Biden deixará claras as intenções e prioridades dos Estados Unidos e será claro e franco sobre nossas preocupações com a China”, acrescentou.
Os dois líderes conversaram por telefone duas vezes desde a posse de Biden, em 11 de fevereiro e 9 de setembro, e o presidente dos Estados Unidos nunca escondeu seu desejo de se encontrar pessoalmente com o líder chinês. Mas ele terá que se contentar com um encontro virtual com Xi, que não deixa seu país há quase dois anos, alegando motivos de saúde.
O presidente dos Estados Unidos, que rejeita o termo “guerra fria” com a China e prefere falar em “competição”, fez da rivalidade com Pequim o eixo principal de sua política externa.
A Casa Branca indicou que não se deve esperar anúncios concretos após a reunião. Os Estados Unidos também insistem na necessidade, quando for possível, de cooperar com os rivais chineses. Os dois países, que são os dois maiores emissores mundiais de gases do efeito estufa, divulgaram uma declaração conjunta surpreendente esta semana, na qual prometeram continuar a combater o aquecimento global.
“A relação com a China é um das mais importantes e também mais complexas que temos”, destacou hoje o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken. “Existem várias dimensões: cooperação, concorrência e confronto, e administrar esses três aspectos simultaneamente”, disse o secretário de Estado, destacando “alguns avanços” na participação da China em questões relacionadas ao clima.
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