O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começa neste domingo (21) com as provas de linguagens, ciências humanas e redação.
Para saber o local de aplicação do exame, o estudante deve consultar o cartão de confirmação de inscrição disponível na página oficial do Enem. Os portões serão abertos às 12h (de Brasília) e fechados às 13h. A prova irá começar às 13h30 e terminar às 19h.
Para a versão impressa foram registradas 3.040.871 inscrições pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Já na versão digital, exclusiva para quem concluiu o ensino médio ou irá terminar em 2021, serão 68.891 participantes.
Ambas versões vão ser aplicadas na mesma data, o que difere da edição de 2020, em que foram separadas.
A redação será manuscrita, independente da modalidade escolhida. Sendo assim, é necessário que todos estejam munidos com caneta esferográfica preta de tubo transparente, único modelo permitido nos locais de prova.
A segunda parte da prova será no dia 28 de novembro, em que serão aplicados os testes de matemática e ciências da natureza.
Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados até 1º de dezembro no site e aplicativo oficial do Enem.
Programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni) utilizam a nota do Enem para o ingresso de estudantes em universidades públicas e concessão de bolsas em instituições particulares, respectivamente. Entretanto, para estar apto, o candidato não pode ter tirado zero na redação.
Polêmicas na edição de 2021
As polêmicas na edição de 2021 do Enem começaram com a demissão coletiva de 37 servidores do Inep em resposta ao que classificaram como “má gestão” do instituto, em 8 de novembro, conforme ofício obtido pela analista de política da CNN Basília Rodrigues.
Ao comentar sobre o caso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em 15 de novembro, que o Enem neste ano “começa agora a ter a cara do governo”.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou, em entrevista à CNN, em 16 de novembro, que não houve interferência no exame, e que as polêmicas não passavam de “ruídos pré-Enem”.
Voltando a fazer declarações sobre o exame, Bolsonaro disse, em 17 de novembro, que ele prega “ativismo político e comportamental”, ao fazer uma comparação com o sistema educacional do Catar, no Oriente Médio.
Na Comissão Especial de Educação da Câmara dos Deputados, também em 17 de novembro, Milton Ribeiro endossou o discurso de Bolsonaro, afirmando que o Enem teria a cara do governo porque a prova acontece com “competência e honestidade”.
Após a repercussão dos fatos, o Congresso Nacional decidiu instaurar uma comissão mista de deputados e senadores para apurar a demissão conjunta dos servidores do Inep.
Os parlamentares de oposição ainda enviaram ao Tribunal de Contas da União (TCU), em reunião com a presidente da casa, ministra Ana Arraes, um pedido de investigação do exame, que foi posteriormente acolhido pelo órgão. O ministro Walton Alencar Rodrigues, do TCU, negou no sábado (20) a medida cautelar.
A Justiça Federal do Distrito Federal negou um pedido liminar, em 18 de novembro, para afastamento do presidente do Inep, Danilo Dupas, pelas denúncias de má gestão.
Respondendo à Justiça Federal de São Paulo, em 19 de novembro, o Inep considerou “ilação” uma suposta interferência no Enem, pelo acesso de pessoas estranhas nos ambientes de preparação e impressão das provas. O STJ negou no sábado uma ação
A Justiça Federal de São Paulo extinguiu, também em 19 de novembro, a ação movida pela Defensoria Pública da União (DPU) para obrigar o Inep a comprovar a segurança da prova contra vazamentos, fraudes e interferências.
No sábado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) derrubou a liminar do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que impedia a aplicação da prova de redação do Enem.
A decisão do TRF4 determinava que essa etapa do exame não fosse considerada no resultado para os candidatos com deficiência que não conseguem se expressar por escrito.
CNN Brasil
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