Sergio Moro concedeu uma entrevista à jornalista Patrícia Calderón na Jovem Pan de Fortaleza (que vai ao ar no sábado). Ele deixou claro que busca os eleitores que estão cansados da guerra entre Lula e Jair Bolsonaro. “Busco todas as pessoas que estão cansadas da polarização. Famílias que brigam na mesa por político. Eu digo, não brigue por políticos. Por nenhum. Não quero que briguem por mim”, disse Moro.
O pré-candidato do Podemos condenou a postura de Lula e Bolsonaro que são parceiros nos ataques ao trabalho da imprensa livre. “Nosso projeto vai ser vigoroso, mas não vamos sair por aí ofendendo jornalista, as pessoas, ou querendo controlar a imprensa. Temos que olhar para o futuro. Inserir o Brasil na modernidade”, afirmou.
Ao falar de sua saída do governo e dos projetos que deixou pela metade no Ministério da Justiça, o ministro foi direto: “Fui forçado a sair porque o governo queria que eu fizesse coisa errada”. Por “coisa errada” leia-se aparelhar a Polícia Federal para defender familiares a amigos de Bolsonaro, como o próprio presidente admitiu numa reunião no Planalto. Moro bateu forte na corrupção petista ao defender a Lava-Jato.
“Conseguimos avançar e romper com a impunidade. Pessoas poderosas passaram a ser julgadas, grandes políticos. Teve gente que confessou que roubou. Gente que devolveu dinheiro. Um gerente da Petrobras devolveu 100 milhões de dólares em propina. A Petrobras foi saqueada durante os governos do PT. Quase quebrou. Antes disso ainda teve o caso do mensalão. Suborno de parlamentares para dar apoio ao governo do PT. Um mundo de corrupção”, disse Moro. “Tenho absoluta convicção que fiz o certo na Lava-Jato. Não houve abuso”, seguiu o ex-juiz.
Radar Político365 com informações do JC Online