Por solicitação do Coletivo Juntas (PSOL), a ALEPE realiza nessa quarta-feira (15), às 9h, no auditório Ênio Guerra (3º Andar – Anexo III), a Solenidade de Comemoração do Bicentenário da Junta Governativa de Goiana, instalada em 1821, um movimento de independência que já aportava em Pernambuco antes do 7 de setembro de 1822.
No dia 5 de outubro de 1821, foi assinada em Pernambuco a chamada Convenção de Beberibe, documento pacificador resultante de um processo histórico ainda desconhecido por muitos, mas que fez Pernambuco tornar-se autônomo. Em 29 de agosto do mesmo ano, na Vila de Goiana, um segmento das elites pernambucanas instalou uma Junta Governativa Provisória, com o objetivo de aderir à política das Cortes Constitucionais portuguesas e desautorizar o governo do representante maior do monarca em Pernambuco, o governador Luiz do Rego Barreto, algoz da Revolução Pernambucana de 1817. Durante quase um mês, a Junta de Goiana coexistiu com o Conselho Governativo do Recife, presidido pelo General Rego Barreto, ao ponto das desavenças acentuarem-se, tornando inevitável o conflito armado.
A pacificação do confronto foi acertada por Gervásio Pires Ferreira e Francisco de Paula Cavalcante de Albuquerque, com a assinatura da Convenção, no local onde hoje está situado o bairro de Beberibe, região entre o Recife e Olinda, no qual as forças arregimentadas pela Junta de Goiana estacionaram, com o propósito de atacarem as forças de Rego Barreto, vindas do Recife. Ambas as partes concordaram que fosse convocada uma nova eleição de uma única Junta Governativa em Pernambuco, decidindo-se pelo retorno imediato de Rego Barreto a Portugal, que partiu em 26 de outubro de 1821, com familiares e alguns portugueses que residiam em Pernambuco. Gervásio Pires foi eleito presidente da Junta, sendo chamada pelo povo de Junta Democrática e Independente. A data é de importante relevância para o povo pernambucano e merece ser lembrada, estudada e celebrada.
Radar Político365 com informações da assessoria