Nesta sexta-feira (7), o presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, disse que deu ordem explícita a agentes da lei de “atirar para matar” manifestantes, em caso de estes lhes oferecerem resistência.
Nos últimos dias, vários protestos foram registrados no país contra um aumento dos preços do gás. Os atos ganharam um forte tom político, segundo informações da agência EFE.
– Dei ordem à polícia e ao Exército de atirar para matar sem aviso prévio – disse o presidente.
Tokayev fez pronunciamento à nação e ressaltou que não irá dialogar “com bandidos armados e preparados, tanto locais como estrangeiros”.
Ele frisou ainda que “terroristas continuam a danificar propriedades estatais e privadas” e “usam suas armas contra os cidadãos”.
– Do exterior, ouvimos apelos às partes para que conversem por uma solução pacífica. Que bobagem! Como você pode ter conversas com criminosos e assassinos? Os combatentes não entregaram as armas, continuam cometendo crimes ou estão se preparando para cometer novos crimes. A luta contra eles deve ser levada até o fim. Aqueles que não se renderem serão eliminados – falou Tokayev.
Ele fez agradecimentos aos líderes da China, do Uzbequistão e da Turquia, assim como à ONU, entre outras organizações internacionais.
O presidente Kasim-Yomart Tokayev criticou o “papel instigante” da imprensa independente e de alguns políticos estrangeiros, aos quais acusou de “se sentirem acima da lei e considerarem que têm o direito de se reunir e falar sobre o que quiserem”.
AFP