Deltan Dallagnol, ex-chefe da operação Lava Jato, recebeu, no mês de dezembro, uma indenização de R$ 191 mil por parte do Ministério Público Federal (MPF) em razão de férias das quais não havia usufruído na época em que atuava na força-tarefa.
Procurado pela Folha de S. Paulo, o ex-procurador afirmou que precisou acumular férias devido às “exigências do trabalho na Operação”, em Curitiba.
– Férias não gozadas devem ser, por força de lei, indenizadas – destacou Dallagnol.
Funcionários do MPF possuem direito a 60 dias de férias ao ano. Em 2021, Deltan tirou 50 dias divididos em cinco partes para, de acordo com ele, evitar períodos longos de distanciamento do trabalho.
O ex-procurador deixou definitivamente o MPF no último dia 4 de novembro a fim de ingressar na política por meio do partido Podemos. À frente da Lava Jato, ele recebia um salário bruto de R$ 34 mil e atualmente tem remuneração de R$ 15 mil mensais, atuando como vice-presidente estadual do partido.
– Ao sair do Ministério Público, abri mão de um salário maior, da estabilidade e da aposentadoria para seguir servindo a sociedade onde acredito que minha contribuição pode ser maior hoje em dia: o ambiente político – disse Deltan.
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