O bispo espanhol de Tenerife, Bernardo Álvarez, pediu desculpas nesta sexta-feira (21) por suas declarações sobre homossexualidade, que ele descreveu como um “pecado mortal” em uma entrevista recente.
Em comunicado, Bernardo Álvarez lamentou “ter causado dor” e se desculpou com “qualquer um que possa ter ofendido […], especialmente as pessoas LGBT, a quem expresso meu respeito e consideração”.
Na entrevista ao canal de televisão regional das Ilhas Canárias, o prelado disse que, “para que algo seja um pecado mortal, a pessoa deve estar consciente de que é um pecado, que o faz livremente e que não está condicionada por nada”.
Ele acrescentou, referindo-se à homossexualidade:
– Mesmo sabendo que é errado, o fazem, sem serem condicionadas por nada. É como a pessoa que bebe e, quando bebe, faz todo tipo de loucuras. Claro, o que ela tem que fazer é não beber.
O bispo garantiu hoje que não queria estimular a discriminação ou comparar a homossexualidade com o alcoolismo “ou com qualquer outra realidade”.
As palavras de Bernardo Álvarez causaram uma grande controvérsia social e política na Espanha. A Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO) pediu ao Ministério Público que investigue o bispo, alegando que as declarações “podem ser classificadas como um crime de ódio”.
Já a associação Diversas LGBTI lançou uma campanha on-line pedindo a destituição do bispo, conseguindo mais de 4.440 assinaturas em 24 horas.
*EFE