O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou praticar represálias contra a imprensa turca caso a mídia local divulgue o que o governo chamou de “conteúdo nocivo” aos valores centrais do país. Em um aviso publicado no Diário Oficial, Erdogan alegou que são necessárias medidas para proteger a “cultura nacional”.
Sem especificar exatamente a que tipo de conteúdo se referia, o presidente turco disse que seriam tomadas ações legais contra “atividades abertas ou encobertas por meio da mídia, destinadas a minar nossos valores nacionais e morais e perturbar nossa estrutura familiar e social”.
Primeiro-ministro da Turquia entre 2003 e 2014 e presidente desde então, Erdogan já criticou o conteúdo do que é veiculado pela imprensa em diversas ocasiões. Como justificativa, o presidente geralmente alega que as abordagens da imprensa estariam fora de sintonia com os valores islâmicos conservadores defendidos por seu partido, o AK.
Recentemente, a Turquia também ampliou a supervisão sobre a mídia, com cerca de 90% dos principais meios de comunicação pertencendo ao Estado ou estando próximos ao governo. Criticado sob a acusação de amordaçar dissidentes, o governo diz, porém, que as medidas são necessárias devido à gravidade das ameaças que a Turquia enfrenta.
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