O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou nesta terça-feira (8) o projeto de lei que busca proibir que os professores falem sobre orientação sexual nas escolas da Flórida. O democrata prometeu “proteger” os jovens que pertencem à comunidade LGBTQIA+.
– Quero que todos os membros da comunidade LGBTQIA+, especialmente as crianças que serão afetadas por esta lei de ódio, saibam que são amadas e aceitas como são – disse o governante em mensagem no Twitter.
Biden também prometeu que a sua gestão “continuará a lutar pela proteção e segurança” das crianças na comunidade.
O projeto de lei conhecido como “Don’t say gay” (“Não fale gay”, em tradução livre), porque proibiria falar sobre identidade de gênero e orientação sexual nas escolas primárias da Flórida, avançou no Senado estadual nesta terça-feira, quando foi aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Representantes.
A iniciativa, impulsionada pelos republicanos e criticada pela comunidade LGBTQIA+, considera que as questões de orientação sexual não são “adequadas à idade e ao desenvolvimento dos estudantes”.
Se a lei for aprovada, os pais poderão mover uma ação judicial contra o distrito escolar e receber uma indenização.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, declarou nesta terça-feira à imprensa que o projeto de lei é “uma legislação concebida para atingir e atacar crianças” da comunidade LGBTQIA+.
– Em todo o país, vemos republicanos regulando o que os estudantes podem ler, o que podem aprender e, de forma ainda mais preocupante, o que podem ser – criticou.
O projeto de lei tem a simpatia do governador do estado, o republicano Ron DeSantis, que na segunda-feira (7) disse considerar “totalmente inapropriado” que os professores tenham tais conversas com os estudantes.
– As escolas devem ensinar as crianças a ler e a escrever – opinou o governador.
*EFE
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
