A Hemobrás, sediada em Goiana (PE), e a biofarmacêutica japonesa Takeda estão se juntando em um projeto de Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) para produzir o Fator VIII recombinante. A molécula é igual ao Fator VIII plasmático, mas não é obtido da purificação do plasma humano, e sim por engenharia genética.
O medicamento tem vantagens, pois não tem limites para produção industrial, já que o fator VIII plasmático tem a limitação da oferta da matéria-prima básica, que é o sangue. Por meio dessa transferência de tecnologia, a Takeda dará autonomia à Hemobrás para a fabricação de um novo medicamento de biotecnologia e engenharia genética, garantindo a continuidade da oferta de tratamento gratuito pelo SUS, no futuro próximo.
A tecnologia que está sendo transferida pela Takeda à Hemobrás atende os protocolos de tratamento da doença, que preconizam a terapia de reposição regular (profilaxia) do fator concentrado de coagulação para prevenir sangramentos e demais complicações da hemofilia, dentro da realidade do sistema de saúde brasileiro, em que nenhum paciente fica desassistido.
Dentro do projeto, a biofarmacêutica também está realizando um investimento adicional de R$ 1,2 bilhão no parque fabril da Hemobrás em Goiana. Em troca, a Hemobrás vai fornecer ao Ministério da Saúde esse produto vindo da Takeda, sendo já incorporadas algumas fases do processo de produção.
JC Online