Durante discurso em Porto Alegre nesta quarta-feira (1°), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teceu críticas ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por liberar um pacote de ajuda bilionário à Ucrânia. O país europeu vive mais de três meses de guerra com a Rússia.
– Não é possível que o presidente [Joe] Biden, que nunca fez um discurso para dar 1 dólar para quem está morrendo de fome na África, anunciar 40 bilhões de dólares para ajudar a Ucrânia a comprar armas. Não é possível – reclamou o petista.
Vale lembrar que em entrevista à revista Time, Lula desaprovou o presidente ucraniano e acusou-o de ser “tão responsável” pela guerra quanto o líder russo, Vladimir Putin, responsável por ordenar a invasão.
– Ele [Zelensky] quis a guerra. Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim. Eu fiz uma crítica ao Putin quando estava na Cidade do México, dizendo que foi errado invadir. Mas eu acho que ninguém está procurando contribuir para ter paz. As pessoas estão estimulando o ódio contra o Putin. Isso não vai resolver! É preciso estimular um acordo – declarou ele.
Lula também havia dito que Zelensky parece fazer parte de um “espetáculo”.
– Ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação. (…) Às vezes fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin – avaliou.
O auxílio norte-americano foi aprovado com grande apoio dos democratas e republicanos e assinado pelo chefe do Executivo do país. Espera-se que a ajuda sirva pelos próximos cinco meses, promovendo assistência militar, econômica, alimentícia e apoio aos refugiados.
O presidente Volodymyr Zelensky expressou gratidão pela atitude do governo estadunidense.
– O apoio do poder executivo [dos Estados Unidos], do presidente Biden e do povo americano para a luta [da Ucrânia] contra o agressor russo é crucial – assinalou ele.
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