Nesta segunda-feira (6), o ministro da Saúde da Bolívia, Jeyson Auza, anunciou que o país entrou na quinta onda de contágio da Covid-19. As declarações surgiram em meio a uma sequência de quatro semanas seguidas com alta no número de casos.
– Neste momento, de maneira oficial, nos encontramos na quinta onda epidemiológica da pandemia, após quatro semanas consecutivas de aumento nos casos – garantiu o titular da pasta.
As informações foram divulgadas por Auza durante apresentação do boletim semanal sobre a propagação do novo coronavírus no território boliviano. Ele revelou que, na semana passada, foram detectados 1.609 novos casos positivos e a morte de sete pessoas infectadas pelo novo coronavírus.
O aumento na propagação do patógeno vem sendo atribuído à escalada da subvariante BA.2 da ômicron, cuja presença foi atestada na Bolívia no início de maio.
O país atravessou o primeiro pico da Covid-19 entre julho e agosto de 2020, quando foi alcançada taxa de letalidade de 6,2%. A segunda onda veio entre janeiro e fevereiro de 2021. A terceira onda ocorreu entre junho e julho de 2021, ambas com índice de mortes de 2,7%.
O quarto pico foi registrado entre o fim de dezembro de 2021 e o início deste ano, com um nível de contágio muito mais alto, com mais de 14 mil casos por dia, embora a taxa de letalidade tenha girado em torno de 0,7%.
Segundo o ministro, a estratégia de contenção do novo coronavírus será com o aumento dos testes de detecção, a aplicação de vacinas e um programa ativo de vigilância epidemiológica.
Desde janeiro de 2021, foram aplicadas mais de 13,9 milhões de doses de vacinas, entre primeiras, segundas, terceiras e quartas.
A Bolívia, desde o início da circulação do novo coronavírus, registrou 910.228 positivos e 21.949 mortes por Covid-19. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, 15.833 casos continuam ativos.
O país atravessa uma greve de médicos, que reivindicam a anulação da Lei de Emergência Sanitária, mais contratações de profissionais e recursos para a compra de insumos e medicamentos.
*EFE