Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que cogita conceder graça constitucional ao jornalista Allan dos Santos. Ele está morando nos Estados Unidos (EUA) após ter sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido de prisão de Allan foi estipulado no final de 2021. Além disso, o ministro também determinou a extradição do jornalista. Ele atendeu a uma solicitação da Polícia Federal (PF). De acordo com Moraes, o órgão “apresentou indícios fortes, plausíveis e razoáveis da vinculação do representado Allan Lopes dos Santos à prática de diversos crimes”.
Bolsonaro foi questionado por um jornalista sobre a possibilidade dar um perdão a Allan. O presidente então falou sobre o caso do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e lembrou de episódios do passado em que criminosos teriam recebido indulto.
– Já que você está propondo aí, eu vou mandar estudar. E você pode ver, a minha graça é prevista. Quando lá atrás deram indulto para um montão de gente por corrupção, ninguém falou nada. No caso do Daniel, já falei para vocês, eu não queria em sendo do Supremo receber aquelas criticas que ele fez. Agora, a pena para isso não é a prisão, muito menos nove anos de cadeia, começar em regime fechado, cassar o mandato, inelegibilidade, multa, pelo amor de Deus – apontou.
Bolsonaro também foi perguntado se teve algum encontro com Allan nos EUA.
Não encontrei com ele [Allan]. Se tivesse encontrado, falaria para você, se ele tivesse aparecido na minha frente eu ia apertar a mão dele como na última, penúltima vez que tive lá e também apertei a mão dele. Eu não o vejo como criminoso (…) Por que não foi aceito? Por que não entrou na lista vermelha da Interpol? Quando se faz um tratado de extradição contra um país, não é qualquer extradição e tem os critérios. E o Allan dos Santos não se enquadra nos critérios para extradição – destacou.