Os partidos que formam a coligação de apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegaram a um acordo sobre a prévia do programa de governo do petista. A decisão foi por remover o termo “revogação” da reforma trabalhista feita no governo Temer, como o próprio Lula já havia sinalizado em discursos.
Na semana passada, o documento com 90 propostas iniciais para o programa tratou da revogação da reforma trabalhista. Apoiadores da campanha de Lula, no entanto, demonstraram descontentamento com a previsão, que foi incluída para atender pressões internas do PT e do PSOL.
Agora, a nova redação do projeto usa como base um documento elaborado pelas centrais sindicais durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) deste ano. Além de falar em abrir mesa de negociação e fortalecer sindicatos, os partidos optaram por tratar o assunto como revogação das “medidas regressivas” da reforma trabalhista – e não da reforma como um todo.
A nova prévia do programa também avançou no debate sobre segurança pública. A valorização de policiais já era prevista no texto anterior, mas agora incorporou sugestões de profissionais de segurança, apresentadas pelo PSB. As diretrizes incluirão previsões para a modernização das instituições de segurança e das carreiras policiais.
Os partidos também aderiram sugestões da Rede, PSOL e PV para ampliar a proteção ambiental no projeto. Além disso, petistas e aliados querem criar uma Força Nacional, ou um órgão dentro da Força Nacional para o combate a crimes ambientais.
*AE