Nesta quarta-feira (22), o presidente da França, Emmanuel Macron, descartou a formação de um governo de unidade nacional para enfrentar a divisão parlamentar que surgiu após as eleições legislativas do último domingo (19). Ele apelou às coalizões ou pactos específicos para avançar o país.
Em discurso televisionado à nação, Macron reconheceu o avanço da abstenção e a “nova” divisão do Legislativo, que priva seu partido de maioria absoluta para aplicar seu programa, mas pediu “uma maioria mais ampla e clara para agir”.
– Temos que legislar de forma diferente – disse o presidente.
Ele apelou para “ampliar” o seu apoio por meio de coligações com o resto das forças políticas ou com apoio específico para as leis apresentadas pelo governo.
Depois de receber na terça e nesta quarta os principais líderes parlamentares, Macron dirigiu-se ao país antes de seguir para o exterior onde participará de uma série de cúpulas internacionais.
No regresso, garantiu, estudará como os diferentes partidos se posicionaram contra a sua oferta de se juntar ao seu grupo parlamentar, de forma permanente ou ocasionalmente, para evitar a paralisação do país.
Os diferentes partidos representados podem “entrar em uma coligação de governo e ação” ou “comprometer-se a votar algumas leis”.
– Cabe aos grupos políticos decidir, com total transparência, até onde estão dispostos a ir – disse.
No entanto, ele excluiu a possibilidade de alterar o rumo do projeto no qual foi reeleito como presidente do país, em abril, apesar de dois meses depois seu partido ter perdido a maioria absoluta.
*EFE