Na manhã desta sexta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou durante solenidade de entrega de espadins aos cadetes da Força Aérea Brasileira em Pirassununga, no interior de São Paulo. Falando diretamente aos militares, o chefe do Executivo mencionou a possibilidade de agressões internas, no Brasil.
– Nós, militares, todos, vocês, jovens cadetes, que receberam o espadim agora há pouco, nós todos fizemos um juramento: dar a vida pela nossa pátria, se preciso for. E esse “dar a vida” não é com possíveis agressões de fora, em especial por agressões internas. Temos esse compromisso, temos que nos preparar dia a dia por essa possibilidade. Vivemos em paz, temos um país democrático e seu povo ama e respira a liberdade – declarou.
Anda no contexto, o chefe do Executivo disse também que não se pode admitir “traição” de pessoas de dentro do país.
– Por sermos um território muito rico, a cobiça se faz presente e não é de hoje. Alguns vendilhões se associam a outros de fora para nos escravizar (…). O que nós não podemos admitir é que a traição venha de gente de dentro do país para comungar com essas teses, buscando, ao tirar a nossa liberdade, entregar as nossas riquezas e a nossa gente a outras ideologias – prosseguiu.
Na solenidade, o presidente fez menção à morte do ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, que foi baleado durante um ato eleitoral na cidade japonesa de Nara, nesta sexta. Bolsonaro determinou que as bandeiras ficassem a meio mastro e reforçou que o inimigo pode estar “dentro da nossa própria pátria”.
– É o risco dos bons, é o preço por lutar pelo seu país. E muitas vezes, ou na maioria das vezes, o inimigo não está lá fora, está dentro da nossa própria pátria – finalizou.
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