O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou neste sábado (16) o compromisso de seu país com o Oriente Médio e aproveitou para pressionar os líderes do Golfo, alguns de regimes autoritários, para que garantam a liberdade de seus povos.
Biden fez essas observações durante uma cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo, realizada na cidade de Jidá, na Arábia Saudita.
Com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman sentado ao seu lado, Biden reconheceu que muitos países cometem erros, incluindo os EUA, mas avisou que só aqueles que aprendem com eles podem ficar “mais fortes”.
– Nenhum país acerta o tempo todo, nem mesmo a maior parte do tempo, e os Estados Unidos também não. Mas o nosso povo é a nossa força. Apenas os países que têm confiança em si mesmos para aprender com os seus erros se tornam mais fortes – disse Biden.
Ele acrescentou que a “inovação” dentro dos países vem do respeito pelos direitos humanos, incluindo os direitos das mulheres, e reafirmou a importância de permitir à sociedade “questionar e criticar os seus líderes sem medo de represálias”.
– O futuro será para aqueles países que libertarem todo o potencial do seu povo – assinalou.
Biden comprometendo-se a não deixar nenhum “vazio” a ser explorado pelos inimigos, como China, Rússia e Irã.
– Vamos aproveitar este momento de liderança americana ativa – declarou o mandatário, observando que é o primeiro presidente dos EUA a visitar a região sem tropas americanas envolvidas em ações de combate após o fim das guerras no Iraque e no Afeganistão, mas que os Estados Unidos continuam a conduzir operações contra grupos que consideram terroristas no Oriente Médio.
Biden deixará a Arábia Saudita nesta tarde, terminando a sua primeira viagem ao Oriente Médio desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2021, após também ter passado por Israel e Cisjordânia.
*EFE