A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou buscas contra o rapper Filipe Ret e conduziu o artista para a delegacia na manhã desta terça-feira (19). As ações fazem parte de uma operação que apura uma possível distribuição gratuita de cigarros de maconha durante o aniversário do artista, que aconteceu em junho. O evento ficou conhecido como “open beck”, cujo sentido significa maconha liberada.
Durante a ação desta terça, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-RJ) conduziram Filipe de um resort de luxo em Angra dos Reis para a sede especializada, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. O artista foi autuado por porte de drogas por ser flagrado com substâncias ilícitas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em cinco de seus endereços.
Os agentes cumpriram mandados em quatro endereços em bairros da Zona Sul do Rio, como Flamengo, Glória, Laranjeiras e Catete, além da casa de shows Vivo Rio, também na Zona Sul, onde aconteceu o aniversário do rapper. Imagens do evento postadas nas redes sociais pelo próprio artista mostraram ele segurando um balde azul com o que parecia ser cigarros de maconha dentro.
Na decisão que embasou a operação, a juíza Simone de Faria Ferraz determinou que fossem recolhidos da casa de shows Vivo Rio equipamentos eletrônicos, como computadores e HDs, que se referissem à festa de aniversário de Filipe Ret. Segundo os investigadores, no entanto, a administração do estabelecimento se negou a fornecer a íntegra das imagens do evento.
Filipe Ret é alvo de um inquérito instaurado para investigar o rapper pelo crime de tráfico de drogas, que está previsto no artigo 33 da Lei 11.343 de 2006. A legislação descreve diversas condutas que caracterizam o ilícito, proibindo qualquer tipo de venda, compra, produção, armazenamento, entrega ou fornecimento, mesmo que gratuito, de drogas.