Nesta terça-feira (19), o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) se manifestou a respeito das declarações que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Edson Fachin, deu após o presidente Jair Bolsonaro levantar suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Fachin rebateu, na segunda (18), o que Bolsonaro disse durante conversa com diplomatas. Sem mencionar o nome do chefe do Executivo, Fachin condenou o que chama de grave “acusação de fraude e má-fé”. Ao classificar a apresentação do presidente da República como uma tentativa de “sequestrar a ação comunicativa e sequestrar a opinião pública e a estabilidade política”, o ministro ainda disse que “é preciso dar um basta à desinformação e ao populismo autoritário”.
– Há um inaceitável negacionismo eleitoral por parte de uma personalidade importante dentro de um país democrático, e é muito grave a acusação de fraude [má-fé] a uma instituição, mais uma vez, sem apresentar provas – disse Fachin durante evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), minutos após o encontro do presidente com embaixadores.
Fachin também convocou a sociedade civil a reagir contra um golpe em articulação por Bolsonaro. Segundo ele, a sociedade civil, além da Justiça Eleitoral, precisa fazer a sua parte na garantia de que a democracia seja preservada.
Feliciano rebateu o discurso do presidente do presidente do TSE.
– Estão criando essa narrativa de golpe de Estado por duas razões possíveis: 1- porque eles mesmos querem dar um golpe; 2- porque estão certos da derrota nas urnas. Simples assim. Fachin, presidente do TSE, se reunir com embaixadores e dizer que Bolsonaro está tramando um golpe de Estado não tem problema. Mas Bolsonaro, chefe de Estado brasileiro e, portanto, chamar os mesmos embaixadores para dizer por qual motivo desconfia das urnas é crime? Barbaridade! – escreveu o parlamentar, no Twitter.