O ex-presidente Michel Temer (MDB) fez uma avaliação dos fatores que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o emedebista, a sua antecessora é “honestíssima” e não havia nada que pudesse dar a ela a pecha de corrupta. Por outro lado, o ex-líder brasileiro também considera que o processo de impeachment que a depôs foi constitucional. Em sua análise, o problema central era a dificuldade que a petista tinha em se relacionar.
– Não houve golpe. Eu quero dizer que a ex-presidente é honesta. Eu sei, e pude acompanhar, que não há nada que possa apodá-la de corrupta. Ela é honestíssima. Mas houve problemas políticos. Ela teve dificuldades no relacionamento com a sociedade e com o Congresso Nacional. Esse conjunto de fatores levou multidões às ruas – analisou, em entrevista ao UOL.
Segundo Temer, para haver a queda de um chefe do Executivo deve-se existir uma grande pressão popular para tal. Dessa forma, ele considera “natural” que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), não avance com os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.
Temer ainda declarou que, por enquanto, descarta a ideia de apoiar o ex-presidente Lula, caso haja um segundo turno entre o petista e o atual presidente. Como um dos principais motivos, ele pontuou que o petista tem dado indícios de que destruirá o legado econômico que ele deixou.
– Isso, eu vou decidir na hora certa. O ex-presidente Lula fala em todo momento em “golpe”, que a reforma trabalhista foi coisa de escravocrata, que o teto de gastos prejudicou o país. Então, como eu vou dizer que eu vou apoiar alguém que quer destruir um legado positivo para o nosso país? – questionou.
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