O governo da Argentina anunciou Sergio Massa como novo “superministro” da Economia após a saída de Silvina Batakis e os argentinos foram às ruas na quinta-feira, 28, para protestar contra a crise socioeconômica no país, que está com uma inflação anual de 64%. Massa é o presidente da Câmara dos Deputados e não será apenas ministro da Economia, mas será também ministro da Produção e da Pesca. O parlamentar é conhecido por ter um bom relacionamento tanto com Cristina Kirchner quando com Alberto Fernández. Por outro lado, ele não possui nenhuma formação econômica, embora se diga que ele tem um excelente relacionamento com os Estados Unidos e com o FMI, algo essencial para a Argentina, tendo em conta que eles têm que pagar uma dívida enorme e o FMI está ajudando economicamente o país para que a nação consiga sair dessa crise econômica.
Por outro lado, houve mais protestos no dia de ontem. Eles foram realizados por organizações e movimentos de esquerda que pediam salário básico universal, que corresponderia a 3 mil pesos, valor de uma cesta básica na Argentina, e um bônus de 20 mil pesos para pessoas aposentadas. Os manifestantes também se mostraram contrários à decisão do Banco Central de um dólar soja, medida proposta pelo Banco para liquidar a soja e obter 2,5 bilhões de dólares para encher as reservas do país, que sofre de falta de divisas. A inflação aumentou 5,3% em junho, o que também motivou protestos. Dentro dessa inflação, os setores que mais sofreram foram calçados, roupas, alimentos, saúde, água e eletricidade. Nos alimentos, os que mais aumentaram foram azeite de girassol, leite e alface.
*Radar Político365 com informações da Jovem Pan.
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