Uma nova doação recebida pelo fundo de caridade do príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, tem levantado polêmica. Segundo relatório divulgado pelo jornal Sunday Times, a fundação recebeu 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,3 milhões) da família bin Laden. O pagamento foi realizado em 2013 por Bakr e Shafiq bin Laden, irmãos de Osama bin Laden.
Apesar do parentesco, não há provas de envolvimento dos irmãos com os feitos criminosos de Osama, mente por trás dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. A família possui fortes relações com a realeza saudita e é proprietária de uma empresa multinacional de construção. Eles deserdaram Osama em 1994 após ele perder sua cidadania saudita devido a seus atos terroristas.
Além disso, também não há indícios de que as doações feitas à organização de Charles foram ilegais.
Em nota neste sábado (30), o escritório real do príncipe Charles se pronunciou sobre o caso.
– O Fundo de Caridade do Príncipe de Gales nos garantiu que a devida diligência foi realizada ao aceitar esta doação. A decisão de aceitar foi tomada apenas pelos curadores da instituição de caridade e qualquer tentativa de caracterizá-la de outra forma é falsa – argumentaram.
Contudo, ainda segundo o Sunday Times, Charles teria se encontrado com Bakr bin Laden em seu escritório em outubro de 2013 para tratar da doação. Na ocasião, o próprio príncipe teria aceitado o valor, embora tenha sido aconselhado de forma veemente por seus assessores a não fazê-lo.
No fim do mês de junho, também veio à tona que Charles aceitou uma mala contendo 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,54 milhões) em dinheiro de um ex-primeiro-ministro do Catar. Essa foi uma das três doações em dinheiro do sheik Hamad bin Jassim. Juntas, elas totalizaram 3 milhões de euros (R$ 16.541 milhões).
Tal como no caso da família bin Laden, a assessoria de Charles informou que as doações foram passadas para uma das instituições de caridade do príncipe e os processos “seguiram a lei”.
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