Durante a abertura do Encontro Nacional do Agro, promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta quarta-feira (10) em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se referir ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo sem citá-lo nominalmente, como um “bêbado que quer dirigir o Brasil”.
– A proposta de regulação da produção agrícola o cara já tirou do programa de governo. Malandro como sempre. Sem caráter. Um bêbado que quer dirigir o Brasil – disse Bolsonaro.
Bolsonaro também voltou a dizer que questionou aos banqueiros em reunião recente na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se aceitariam um funcionário que os roubou para trabalhar com eles novamente.
– É óbvio que não [empregariam de novo]. O Brasil é uma Ferrari ou melhor que isso. Se botar uma pessoa com certos vícios para pilotar a Ferrari, ela vai capotar na primeira curva. O Brasil só não capotou, porque é muito grande – afirmou.
O presidente também disse que o Brasil foi “assaltado” por 14 anos e declarou que a Petrobras foi endividada em R$ 900 bilhões ao longo desse período.
– Está aqui o presidente da Petrobras e já vimos melhoras, mas ela ao longo de 14 anos foi endividada em R$ 900 bilhões, fruto de corrupção, roubalheira e loteamento político de diretorias. Algo semelhante [ocorreu] no BNDES com empréstimos a ditaduras – afirmou.
Bolsonaro finalizou destacando, também sem citar Lula nominalmente, que o petista assinou recentemente uma carta “em defesa da democracia”, mas que “vivia de amores” com figuras como Fidel Castro e Evo Morales.
– Vimos há pouco uma cartinha em defesa da democracia. Olha quem assinou por último: o cara que vive ou vivia de amores com Fidel Castro, Hugo Chávez, Nicolas Maduro, Evo Morales e Néstor Kirchner. Em época de campanha, pessoal vira bonzinho – completou.
*AE