O exército da China confirmou que realizaria na última segunda-feira (15) manobras militares no espaço aéreo e marítimo que cerca Taiwan, como resposta à visita de cinco congressistas dos Estados Unidos ao território da ilha. A viagem acontece dias depois da presença em Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi.
O coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro de Operações do Leste, afirmou que o Exército Popular da Libertação (o exército chinês), adotará as medidas necessárias para “defender resolutamente a soberania nacional”.
Os exercícios são compostos de uma patrulha de preparação para o combate e um simulacro combate real no mar e no espaço aéreo no entorno da ilha de Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.
Na última quinta (11), após encerrar manobras realizadas em resposta à visita de Pelosi, o porta-voz do Comando do Teatro de Operações do Leste, anunciou que o exército organizaria “patrulhas regulares de combate” nas águas perto de Taiwan.
O porta-voz do Ministério da Defesa da China Wu Qian afirmou nesta segunda que a visita dos políticos americanos é uma “violação flagrante” do princípio de “uma só China”.
Além disso, o representante da pasta, garantiu que o exército chinês segue “treinando tropas para a guerra”, com o objetivo de “manter distante qualquer forma de esquema separatista e ingerência estrangeira para uma independência de Taiwan”.
A comitiva dos EUA, que prevê visitar outras regiões do Indo-Pacífico, além de Taiwan, é formada por senadores e deputados, tanto republicanos como democratas, que, na estadia de dois dias, se reuniu com lideranças da ilha para abordar temas de segurança regional e comércio.
Embora nos últimos anos a China tenha realizado outros exercícios no Estreito de Formosa, estes relacionados à crise atual que começou com a visita de Pelosi, “abrangem uma área maior e envolvem mais elementos militares, e espera-se que sejam altamente efetivos”, de acordo com a imprensa da China.
As autoridades de Taiwan descreveram a presença militar chinesa nas determinadas regiões como um “bloqueio”. A presidente da ilha, Tsai Ing-wen, classificou a “deliberadamente elevada ameaça militar” da China como “irresponsável”.
Pequim classifica a visita de Pelosi como “farsa” e “traição deplorável”, e considera que Taiwan é uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomitang se refugiaram ali em 1949, após perder a guerra civil contra os comunistas.
*Radar Político365 com informações do Pleno News.
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