O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta sexta-feira que deseja reduzir os impostos no país, mas disse que as empresas brasileiras precisam estar fortes para competir. Ainda segundo Guedes, o governo pretende acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), chamado por ele de “imposto de desindustrialização em massa”.
O IPI, na avaliação do braço direito do presidente Jair Bolsonaro, “é ridículo, é patético e está errado”. Também nas palavras dele, “é um imposto pago antes de ter renda”. A declaração foi dada durante evento com o setor da agricultura no Rio Grande do Sul.
– O empresariado brasileiro tem uma bola de ferro na perna direita, que são juros muito altos, uma bola de ferra na perna esquerda, que são impostos muito altos, você bota um piano nas costas dele, que são os encargos trabalhistas, e fala: “corre que o chinês vai te pegar”. Não queremos a “chinesada” entrando aqui quebrando nossas fábricas, nossas indústrias, de jeito nenhum. O que queremos é uma coisa moderada. Baixamos o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 35%, vamos acabar com o IPI – ressaltou.
Na quarta-feira (24), o governo publicou um decreto em que blinda os bens fabricados na Zona Franca de Manaus de redução de IPI, com objetivo de destravar um corte de 35% em aproximadamente 4.000 produtos fabricados em outras regiões do país.
Guedes também afirmou que o Banco Central “cochilou um pouquinho” no combate à inflação e só elevou os juros antes das demais autoridades monetárias porque foi sacudido pelo governo.
– Todo mundo dormiu ao volante, o nosso [Banco Central] foi o primeiro a acordar, cochilou um pouquinho também, mas foi o primeiro a acordar porque nós sacudimos. Você é independente. Acorda, pô. Você é independente. Na mesma hora, começou a subir [os juros] – concluiu.
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