Nesta quinta-feira (8), o ministro Luiz Fux realizou sua última sessão no comando do Supremo Tribunal Federal (STF). E antes da Corte iniciar os trabalhos, Fux falou em “dever cumprido” e disse que está “ávido por novos desafios”.
Fux deixará o comando da Corte no próxima semana. Em seu lugar, a ministra Rosa Weber irá assumir a presidência do STF.
No último discurso, o presidente do Supremo lembrou das críticas ao trabalho da Corte e também da pandemia de Covid-19.
– Não bastasse a pandemia, nos últimos dois anos, a Corte e seus membros sofreram ataques em tons e atitudes extremamente enérgicos (…) Não houve um dia sequer em que a legitimidade de nossas decisões não tenha sido questionada, seja por palavras hostis, seja por atos antidemocráticos – apontou.
Fux também elogiou os trabalhos do Supremo.
– Nesse processo de inflexão e de reflexão, mas também de reação e de reconstrução, e mesmo em face das provocações mais lamentáveis, esta Corte jamais deixou de trabalhar altivamente, impermeável às provocações, para que a Constituição permanecesse como a certeza primeira do cidadão brasileiro, o ponto de partida, o caminho e o ponto de chegada das indagações nacionais – ressaltou.
O ministro ainda afirmou que o STF irá se manter “aberto, operoso e vigilante”.
– Em nosso Supremo Tribunal Federal, em todas as ocasiões em que nos bate o cansaço ou em que formos hostilizados, lembramo-nos das dores que essas pessoas que dependem de nós enfrentam nas favelas, nos rincões, nos subúrbios, diuturnamente marginalizadas do país que essas pessoas ajudam a construir. E nos lembremos, ainda, do nosso compromisso, como juízes brasileiros, de concretizamos o ideário da Carta Maior, que é o nosso combustível, a saber: a erradicação das desigualdades – destacou.
Pleno News