O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o teto de gastos, ferramenta criada ainda no governo Temer para evitar um inchaço das contas públicas e do Estado, funciona, mas que precisa de ajustes, como no caso da venda ativos do BNDES, em que os recursos não podem ser utilizados para serem destinados às pessoas mais pobres e carentes do Brasil. “O teto dificultava, impedia, essa transferência. Então nós tivemos que pedir licença para poder fazer essas transferências. Foi o caso da extração de petróleo para transferir os recursos para Estados e municípios; foi o caso da Covid-19, quando nós tivemos que transferir também dinheiro para a população em geral, através de Estados e municípios. Então, há casos em que, visivelmente, o teto, apesar de ser um símbolo de austeridade, ele não funciona”, declarou Guedes. A avaliação foi feita durante um evento na última quarta-feira, 14, no Rio de Janeiro.
Paulo Guedes afirmou ainda nesta quarta que, ainda este ano, haverá um último em torno da “despedalada” do BNDES. Segundo ele, após um parecer do Tribunal de Contas da União, o banco terá que devolver em 2022 R$ 90 bilhões que ainda restam de empréstimos feitos no passado, que totalizaram quase R$ 500 bilhões. “O TCU já deu o parecer. O tesouro consultou o TCU, o presidente do BNDES já separou os recursos, estão dentro, totalmente dentro das exigências. O BNDES está superbem”, disse. Para Guedes, caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito, alguns instrumentos atuais devem ser mantidos, como o Auxílio Brasil de R$ 600, a Farmácia Popular, que doa medicamentos a mais de 21 milhões de brasileiros e o piso salarial profissionais de enfermagem. E, por isso, segundo ele, com mais despesas previstas, o governo terá de ter também novas receitas.
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