Um inquérito foi instaurado na última quarta-feira (28) a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar o vazamento de informações sigilosas sobre a quebra de sigilo de Mauro Cid, assessor do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Folha de São Paulo noticiou sobre a quebra de sigilo na segunda (26) utilizando informações da Polícia Federal. Segundo a reportagem, foram encontradas no celular do ajudante de ordens do presidente mensagens suspeitas de investigadores sobre transações financeiras feitas no gabinete do chefe do Executivo.
Textos, fotos e áudios trocados entre Cid e outros funcionários sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.
A PF diz que os valores movimentados eram destinados para pagar contas pessoais da família do presidente, incluindo pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O caso tramita em sigilo e Moraes quer saber quem foram os responsáveis por entregar essas informações para a imprensa.
– Que preste as informações pertinentes acerca dos fatos noticiados, notadamente no que diz respeito ao acesso, no âmbito policial, às decisões proferidas nos autos da referida Pet [petição] e aos relatórios produzidos nos autos, bem como forneça os nomes de todos os policiais federais que têm conhecimento dos assuntos investigados na Pet mencionada – ordenou Moraes.
Nesta terça (27), o presidente Jair Bolsonaro acusou o próprio ministro de ter vazado as informações às vésperas das eleições.
– Já está errado porque o Alexandre de Moraes vazou. Foi o Alexandre de Moraes que vazou. Não vem com papinho que foi a PF não porque esse pessoal da PF, Alexandre de Moraes, come na sua mão. Então foi você que vazou. Pra quê? Na reta final criar clima – declarou.
*Radar Político365 com informações do Pleno News.
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