O Ministério da Economia confirmou a indicação do ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn como candidato do Brasil ao cargo de presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A indicação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o candidato concilia “ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado”.
Guedes também destacou a “sólida formação acadêmica” de Ilan, que, segundo ele, o qualificam para o exercício do cargo. O prazo para a candidatura ao posto máximo do BID se encerra em 11 de novembro.
Por e-mail, Goldfajn anunciou a colegas que aceitou a indicação e, para evitar qualquer possível conflito de interesses, tirou uma licença imediata do FMI, não remunerada, até a eleição do novo presidente do BID, marcada para 20 de novembro.
Goldfajn, de 56 anos, é doutor em economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Ele presidiu o Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019 e assumiu o cargo no Fundo Monetário Internacional (FMI) em janeiro deste ano. Ele trabalhou como consultor do próprio FMI nos anos 90 e, entre outras instituições financeiras, foi economista-chefe do Itaú Unibanco.
O BID anunciou a abertura do processo de nomeação de um novo presidente em 28 de setembro. Para ser eleito, um candidato deve obter a maioria dos votos dos países membros, que varia de acordo com o número de ações que cada nação possui no capital ordinário do BID.
Os Estados Unidos, por exemplo, têm o maior poder de voto, 30%, seguidos por Brasil e Argentina, com 11,3% cada um, e México, com 7,2%.
O vencedor, eleito para um mandato de cinco anos (com possibilidade de reeleição), também deve ter o apoio de ao menos 15 dos 28 países da região. A presidência interina vem sendo ocupada pela hondurenha Reina Irene Mejía Chacón desde a saída de Claver-Carone.
*Com informações das agências EFE e AE