O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, afirmou que votará no presidente Jair Bolsonaro (PL) nestas eleições mesmo que aos 76 anos de idade ele não seja mais obrigado a ir às urnas. Em declaração nesta quinta-feira (27), ele afirmou que, como ex-juiz, não pode “subscrever o nome de quem durante oito anos foi Presidente da República e teve o perfil político manchado pelos célebres casos Mensalão e Lava Jato”.
A fala ocorreu em um artigo enviado à imprensa intitulado Por que Bolsonaro?. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele também comentou o assunto.
– Nestas eleições, anunciei que votaria em quem estivesse, nos levantamentos, em terceiro lugar. O voto foi, no primeiro turno, em Ciro Gomes, candidato que tão bem conhece, como poucos, as entranhas brasileiras. A apuração desaguou na atualidade. Bolsonaro, na busca da reeleição, segundo colocado, e Lula em primeiro lugar, sem alcançar a maioria exigida constitucionalmente, metade mais um dos votos válidos – assinalou.
Ele também analisou que Lula sugeriu que parte da culpa da atual polarização se deve ao Supremo Tribunal Federal (STF).
– O Supremo, na voz da sempre ilustrada maioria, bateu o martelo, vindo a ressuscitar, politicamente, o candidato Lula, gerando polarização que inviabilizou terceira via. O absolveu? A resposta é desenganadamente negativa. O fato não afasta a consciência do eleitor, na análise da vida dos candidatos – pontuou.
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