No último domingo (30), a deputada federal Marília Arraes não sofreu apenas uma derrota eleitoral, mas também política. Após liderar todo o primeiro turno do alto de um pedestal, a candidata do Solidariedade se viu obrigada a adotar uma nova estratégia na etapa final, o que acabou expondo suas fragilidades, como o fato de não conseguir transparecer segurança em debates, por exemplo.
O local inicialmente escolhido para a coletiva de imprensa de Marília, a minúscula sede do Solidariedade, já indicava que a apuração dos votos não reservaria boas notícias. E foi o que aconteceu. A ex-petista foi derrotada nos 10 maiores colégios eleitorais do estado. Com destaque para a capital pernambucana, que trouxe uma diferença de 300 mil votos a favor de Raquel Lyra (PSDB).
Além de ser a segunda derrota seguida para o Executivo, a parlamentar, orientada por seu marqueteiro, apelou para ataques contra sua adversária que se assemelham a práticas bolsonaristas, contribuindo para aumentar sua rejeição na reta final. Politicamente, Marília saiu menor do que entrou e deve mergulhar por um tempo, até se recompor para voltar à cena política.
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