Diferentemente da greve dos caminhoneiros de 2018, que levou de quatro a cinco dias para escalar, as atuais manifestações que interditam rodovias “escalaram muito rápido”, segundo o diretor de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Luís Carlos Reischak Júnior.
– A crise escalou muito rápido. Às 23h30 do dia 30 eram 20 pontos e à 1h do dia 31, eram 111. A greve de caminhoneiros de 2018 ganhou escala a partir do quinto dia, diferente de agora – disse Reischak Júnior, em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (1º).
O diretor informou que a PRF atuou com monitoramento prévio das possíveis manifestações após as eleições, independentemente do cenário de quem fosse o presidente eleito – Jair Bolsonaro (PL) ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
– Desde sexta-feira monitoramos eventuais manifestações. A inteligência atuou no monitoramento de possíveis atos antes do pleito. No domingo, reforçamos a operação com efetivo 400% maior. Buscamos identificar lideranças e quem está por trás dos movimentos – afirmou.
Segundo ele, a inteligência da PRF está priorizando a liberação de vias de ligação a aeroportos e de maior circulação de pessoas.
1 de 28
PRISÕES A Polícia Rodoviária Federal afirma já ter realizado prisões em flagrante nas rodovias brasileiras, embora não saiba dizer o volume de ocorrências.
– As operações estão em andamento. Sabemos que existe [ocorrências de prisão], mas não temos números fechados – disse, em coletiva de imprensa, o diretor de operações da PRF, Djairlon Henrique Moura.
– Não vai haver nenhum tipo de omissão da PRF, como já não está tendo. Tão logo a gente tenha os dados de prisão, serão repassados – completou.
Moura reiterou que a decisão do diretor-geral da PRF foi para “atuar desde o primeiro instante”.
– Essa foi a orientação e é isso que nós estamos executando – disse.
O diretor de operações informou que, até a meia-noite desta segunda (31), a PRF aplicou 182 autuações de trânsito. As multas variam de R$ 5.869 para quem bloquear rodovia com carro a R$ 17.808 para quem organizar ato. Além das multas, as infrações podem levar à prisão.
– Se, porventura, a PRF no local flagrar eventual crime, com certeza será feita a prisão em flagrante – completou o diretor executivo da PRF, Marco Antônio Territo.
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Alexandre Almeida é jornalista profissional (DRT 7742/PE) e editor do portal Radar Político365. Possui experiência como ex-consultor de políticas públicas de juventude para a UNESCO e IBICT, além de ter atuado como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Pernambuco.