A China anunciou neste domingo (20) a primeira morte por Covid-19 em quase seis meses, enquanto medidas restritivas são impostas no país para prevenir novos surtos. O governo chinês registrou 24.215 novos casos detectados nas últimas 24 horas, a maioria deles assintomáticos.
Confrontos entre autoridades e moradores insatisfeitos com as restrições foram relatados em várias cidades, apesar do rígido controle de informações.
Uma nova rodada de testes em massa foi ordenada no distrito de Huizhu, no centro industrial do sul de Guangzhou, em meio a relatos de trabalhadores sendo impedidos de entrar em suas casas, disse o governo local neste domingo.
Em meio às medidas rígidas para conter o avanço da doença, a cidade de Zhengzhou informou que não exigirá mais um teste de Covid-19 negativo de crianças menores de 3 anos e outros “grupos especiais” que procuram cuidados de saúde.
O anúncio ocorreu depois que a morte de uma segunda criança foi atribuída ao excesso de zelo na aplicação de antivírus. A menina de 4 meses morreu após sofrer de problemas intestinais e de estômago durante a quarentena em um hotel em Zhengzhou.
Embora a China tenha uma taxa geral de vacinação de mais de 92% tendo recebido pelo menos uma dose, esse número é consideravelmente menor entre os idosos – principalmente aqueles com mais de 80 anos – onde cai para apenas 65%.
Essa vulnerabilidade é considerada uma das razões pelas quais a China manteve suas fronteiras fechadas e manteve sua política rígida de “Covid-zero” que busca eliminar infecções por meio de bloqueios, quarentenas, rastreamento de casos e testes em massa; apesar do impacto na rotina e economia e descontentamento público.
A China diz que sua abordagem dura valeu a pena em números muito menores de casos e mortes do que em outros países, como os Estados Unidos.
Com uma população de 1,4 bilhão, registrou oficialmente apenas 286.197 casos desde que o vírus foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan no final de 2019. Isso se compara a 98,3 milhões de casos e 1 milhão de mortes nos EUA, com sua população de 331,9 milhões.
*AE