Eleito em 2014 com 68,08% dos votos e reeleito em 2018, com 50,70%, Paulo Câmara (PSB) chega ao fim de um ciclo de oito anos à frente do Governo de Pernambuco.
Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (20), o socialista disse estar feliz pelo trabalho, falou sobre a falta que lhe fez o ex-governador Eduardo Campos, que impulsionou sua carreira política, e avaliou as diferenças entre o primeiro e o segundo mandato.
“Em oito anos, tive de trabalhar muito e fico satisfeito de ter servido a Pernambuco diante de tantos desafios que enfrentamos”, disse Paulo Câmara.
Agora, Paulo Câmara passa o bastão a Raquel Lyra (PSDB), que foi diplomada governadora de Pernambuco, nessa segunda (19), e assume o Estado e seus desafios a partir do próximo dia 1º de janeiro.
Confira os principais trechos da entrevista com Paulo Câmara:
Eduardo Campos
“Eduardo fez muita falta, faz a Pernambuco, ao Brasil, mas ele deixou ensinamentos, muitas ações a serem continuadas. E o exemplo dele está sempre presente em tudo que eu faço, tudo fazemos. Vou a Serra Talhada entregar o Hospital Geral do Sertão, que recebe o nome Eduardo Campos, pois ele investiu tanto na saúde, criou os hospitais metropolitanos e agora seguimos o que ele dizia ser importante: fazer interiorizar a saúde em Pernambuco.
Qual foi o melhor mandato?
No nosso caso, os oito anos foram difíceis. Em 2015 e 2016, enfrentamos uma crise econômica sem precedentes nesse país. Isso foi muito desafiador no nosso primeiro mandato. No segundo, a pandemia (de covid-19) fez com que o trabalho fosse muito focado na área de saúde, foram dois mandatos muito desafiadores, não tínhamos a ideia que teríamos uma crise econômica tão severa, o Brasil de uma hora para outra andou para trás, com dois anos de PIB negativo. E a pandemia não estava nos planos de ninguém, foi mundial. Foram mandatos com coisas que não estavam no planejamento.
Pernambuco avançou?
Hoje, Pernambuco, é destaque no Ensino Médio, ocupa o terceiro lugar no ranking nacional. Isso é muito importante. Das dez melhores escolas públicas no Brasil, de Ensino Médio, as quatro primeiras estão em Pernambuco. O segundo mandato, depois da pandemia, imprimimos ritmo importante na geração de empregos, já são 130 mil desde agosto, de 2021, e estamos entregando o Estado com a malha rodoviária, as estradas, em plena recuperação. Estamos reconstruindo e requalificando as estradas. O Estado, hoje, tem o menor nível de endividamento da história, com a gestão funcionando bem, com recursos em caixa, que vão ajudar na continuidade das obras. Todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal enquadrados, com a saúde chegando forte no interior. Estamos atraindo empresas, anunciamos quase 5 bilhões de reais em investimentos neste final de ano para 2023. Então, estamos sabedores que foram anos de desafio, mas que em cada ano do mandato conseguimos vencer desafios e fazer as entregas importantes.
Por que não disputou mandato na Câmara ou Senado?
Entendemos que era importante continuar e finalizar o mandato. É uma satisfação governar Pernambuco, saio com oito anos como governador, só doutor Miguel Arraes teve tanto tempo à frente do Governo, já que Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos saíram antes da conclusão do mandato. Para mim é importante, pois sou servidor público e todo servidor sabe que essa é a maior missão que a vida pode dar e o povo me colocou duas vezes governador de Pernambuco. Passamos esse momento mais difícil da pandemia, equilibramos o Estado, tínhamos obras para entregar. Então, achei por bem ficar até o final, fazer as entregas. Tenho um ano de muitas realizações, até porque os sete primeiros foram de muitos desafios e não fizemos tantas entregas como em 2022, com quase R$ 4 bilhões de investimento. Me senti desafiado para ficar até o fim e fazer essas entregas, deixar o Estado pronto.
Radar Político365 com informações do Jornal do Commercio-PE.
Eleito em 2014 com 68,08% dos votos e reeleito em 2018, com 50,70%, Paulo Câmara (PSB) chega ao fim de um ciclo de oito anos à frente do Governo de Pernambuco.
Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (20), o socialista disse estar feliz pelo trabalho, falou sobre a falta que lhe fez o ex-governador Eduardo Campos, que impulsionou sua carreira política, e avaliou as diferenças entre o primeiro e o segundo mandato.
“Em oito anos, tive de trabalhar muito e fico satisfeito de ter servido a Pernambuco diante de tantos desafios que enfrentamos”, disse Paulo Câmara.
Agora, Paulo Câmara passa o bastão a Raquel Lyra (PSDB), que foi diplomada governadora de Pernambuco, nessa segunda (19), e assume o Estado e seus desafios a partir do próximo dia 1º de janeiro.
Confira os principais trechos da entrevista com Paulo Câmara:
Eduardo Campos
“Eduardo fez muita falta, faz a Pernambuco, ao Brasil, mas ele deixou ensinamentos, muitas ações a serem continuadas. E o exemplo dele está sempre presente em tudo que eu faço, tudo fazemos. Vou a Serra Talhada entregar o Hospital Geral do Sertão, que recebe o nome Eduardo Campos, pois ele investiu tanto na saúde, criou os hospitais metropolitanos e agora seguimos o que ele dizia ser importante: fazer interiorizar a saúde em Pernambuco.
Qual foi o melhor mandato?
No nosso caso, os oito anos foram difíceis. Em 2015 e 2016, enfrentamos uma crise econômica sem precedentes nesse país. Isso foi muito desafiador no nosso primeiro mandato. No segundo, a pandemia (de covid-19) fez com que o trabalho fosse muito focado na área de saúde, foram dois mandatos muito desafiadores, não tínhamos a ideia que teríamos uma crise econômica tão severa, o Brasil de uma hora para outra andou para trás, com dois anos de PIB negativo. E a pandemia não estava nos planos de ninguém, foi mundial. Foram mandatos com coisas que não estavam no planejamento.
Pernambuco avançou?
Hoje, Pernambuco, é destaque no Ensino Médio, ocupa o terceiro lugar no ranking nacional. Isso é muito importante. Das dez melhores escolas públicas no Brasil, de Ensino Médio, as quatro primeiras estão em Pernambuco. O segundo mandato, depois da pandemia, imprimimos ritmo importante na geração de empregos, já são 130 mil desde agosto, de 2021, e estamos entregando o Estado com a malha rodoviária, as estradas, em plena recuperação. Estamos reconstruindo e requalificando as estradas. O Estado, hoje, tem o menor nível de endividamento da história, com a gestão funcionando bem, com recursos em caixa, que vão ajudar na continuidade das obras. Todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal enquadrados, com a saúde chegando forte no interior. Estamos atraindo empresas, anunciamos quase 5 bilhões de reais em investimentos neste final de ano para 2023. Então, estamos sabedores que foram anos de desafio, mas que em cada ano do mandato conseguimos vencer desafios e fazer as entregas importantes.
Por que não disputou mandato na Câmara ou Senado?
Entendemos que era importante continuar e finalizar o mandato. É uma satisfação governar Pernambuco, saio com oito anos como governador, só doutor Miguel Arraes teve tanto tempo à frente do Governo, já que Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos saíram antes da conclusão do mandato. Para mim é importante, pois sou servidor público e todo servidor sabe que essa é a maior missão que a vida pode dar e o povo me colocou duas vezes governador de Pernambuco. Passamos esse momento mais difícil da pandemia, equilibramos o Estado, tínhamos obras para entregar. Então, achei por bem ficar até o final, fazer as entregas. Tenho um ano de muitas realizações, até porque os sete primeiros foram de muitos desafios e não fizemos tantas entregas como em 2022, com quase R$ 4 bilhões de investimento. Me senti desafiado para ficar até o fim e fazer essas entregas, deixar o Estado pronto.
Radar Político365 com informações do Jornal do Commercio-PE.
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