O advogado e escritor Silvio Almeida, que assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania nesta terça-feira (3), criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse ter recebido o ministério “arrasado” e, por isso, deverá fazer uma revisão das ações realizadas durante o governo passado.
“Recebo o ministério arrasado. Conselhos foram encerrados e o orçamento foi drasticamente reduzido. A gestão anterior tentou extinguir a Comissão de Mortos e Desaparecidos, não conseguiu. Todo ato ilegal, baseado e praticado no ódio e no preconceito, será revisto por mim e pelo presidente Lula”, garantiu Almeida no discurso de posse da pasta.
O ministro fez questão de ressaltar que não vai permitir que o colegiado seja utilizado “para reprodução de mentiras e preconceitos”. Além disso, ele mencionou que trabalhadores, mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, indígenas, idosos “existem”, e que são valiosos para o governo. “Permitam-me, como primeiro ato como ministro, dizer o óbvio, o óbvio que, no entanto, foi negado nos últimos quatro anos”, afirmou. “Quero ser ministro de um País que ponha a vida e a dignidade humana em primeiro lugar”, complementou Silvio.
Ainda segundo Silvio Almeida, uma das principais missões é a diminuição do índice de homicídio de jovens pobres e negros no Brasil e que, para isso, conversará com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para a realização de uma ação conjunta das pastas.
A recriação do conselho para elaboração de políticas voltadas para pessoas LGBTQIA+ também é um dos objetivos, assim como as necessidades das minorias, crianças e adolescentes que ficaram órfãs durante a pandemia da Covid-19. “Direitos humanos não é pauta moral, é pauta política. Não é um emblema, é a oportunidade do estado cumprir o que está na Constituição”, afirmou.
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