Nesta quinta-feira (26), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que não se deve ficar calado diante da violência instigada pelo “ódio” contra certas comunidades do país. O democrata opinou que não levantar a voz fomenta esse problema.
Seu discurso teve como foco a comunidade asiática, após um ataque a tiros na noite do último sábado (21) em um salão de dança em Monterey Park, Califórnia, logo após a comemoração do Ano Novo chinês ter causado a morte de 11 pessoas.
O agressor, de origem asiática, cometeu suicídio no domingo (22) após ser encurralado pela polícia.
– O ódio não pode ter um porto seguro nos Estados Unidos. Ninguém merece ser tratado com ódio. Todos nós merecemos dignidade e respeito. (…) É muito simples. O silêncio é cúmplice. Não podemos ficar calados. Eu não ficarei – garantiu Biden.
A fala ocorreu durante uma celebração do Ano Novo Lunar na Casa Branca.
A organização de consultas e pesquisas Pew indicou, em maio de 2022, que um terço dos asiático-americanos admitiram ter mudado suas rotinas diárias por preocupação com ameaças que receberam. Biden enfatizou que essa comunidade sofreu um aumento do ódio direcionado contra seus membros.
No caso de Monterey Park, o agressor foi a um segundo salão de dança após o primeiro ataque, mas foi forçado a fugir para lá depois de ser desarmado por um jovem, Brandon Tsay, também de origem asiática.
– Brandon é um verdadeiro herói. (…) Ele pensou que ia morrer, mas em vez de fugir, pensou nas pessoas lá dentro. Nesse momento, seguiu seus instintos e se deixou levar por sua bravura (…). Derrubou um homem armado no chão e tirou sua pistola semiautomática – elogiou Biden.
*EFE