Nesta segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma visita não anunciada a Kiev, a primeira desde o início da invasão russa, que completa 1 ano na próxima sexta-feira (24). O democrata se reuniu com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Em declarações a Zelensky, Biden anunciou 500 milhões de dólares (R$ 2.584 bilhões) em ajuda adicional à Ucrânia. Ele antecipou que aplicará mais sanções contra a Rússia ainda nesta semana.
O presidente americano detalhou que o novo pacote de ajuda incluirá mais equipamento militar, além de munições de artilharia, obuses e mísseis Javelin, uma arma portátil projetada para destruir tanques e outros veículos pesados.
No entanto, Biden não anunciou o envio para a Ucrânia de novos equipamentos militares, como os caças F-16 que Zelensky pede para se proteger da Rússia.
– Um ano depois, Kiev ainda está de pé. A Ucrânia ainda está de pé e a democracia ainda está de pé – destacou o governante americano.
Biden disse que não quer que haja dúvidas sobre o apoio “inabalável” dos Estados Unidos à democracia, soberania e integridade territorial da Ucrânia e que, por isso, viajou para Kiev nesta segunda-feira.
Ao lado do americano, Zelensky agradeceu sua presença em Kiev e ressaltou que ambos haviam falado sobre “armas de longo alcance e armas que ainda poderiam ser fornecidas à Ucrânia, mas não foram fornecidas antes”, sem detalhar a que tipo de armamento se referia exatamente.
A Casa Branca não anunciou a visita de Biden a Kiev por motivos de segurança e não a relatou até que já estivesse em andamento.
Esta é a primeira vez que o presidente americano visita Kiev desde o início da guerra, embora a primeira-dama Jill Biden tenha visitado a cidade ucraniana de Uzhhorod, na fronteira com a Eslováquia, em 8 de maio do ano passado, coincidindo com a celebração do Dia das Mães na Ucrânia.
A reunião de hoje ocorreu depois que Zelensky se encontrou com Biden no último dia 21 de dezembro durante uma visita histórica a Washington, na primeira viagem do presidente ucraniano ao exterior desde o início da guerra.
*EFE