Na última quinta, 02, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, informou ao Reino Unido sobre o fim do pacto Foradori-Duncan, firmado em 2016 sobre as Ilhas Malvinas, cuja soberania é ostentada pelos britânicos, mas historicamente reivindicada pelo país sul-americano.
A decisão do governo argentino foi notificada durante uma reunião entre Cafiero e o chanceler britânico, James Cleverly, à margem da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, em Nova Délhi, conforme disseram fontes diplomáticas.
O pacto, selado durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019), “fez concessões aos interesses britânicos sobre a exploração dos recursos naturais da Argentina na região e atrasou significativamente a justa reivindicação de soberania”, explicou uma fonte, que não forneceu detalhes sobre a posição britânica.
O ministro argentino propôs a Cleverly uma primeira reunião perante a ONU em Nova Iorque “para reiniciar a discussão sobre a soberania das Ilhas Malvinas”, segundo acrescentou a fonte.
O acordo entre os dois países abrangia uma vasta gama de questões relacionadas com a relação bilateral, mas também incluía uma seção sobre as Malvinas, deixando de lado a questão da soberania, que Londres se recusou a negociar desde a guerra com a Argentina em 1982.
O pacto “implicava o levantamento de todas as medidas administrativas, legislativas e judiciais tomadas pela República Argentina para proteger os seus recursos naturais da exploração ilegal da pesca e dos hidrocarbonetos”, de acordo com a fonte.
*EFE