Um estudo feito pela LCA Consultoria para a Federação Brasileira de Hospitais revela que, sem fonte alternativa de custeio para financiar o piso da enfermagem, o maior impacto de demissões será na região Nordeste (onde estão os Estados com menor PIB per capita), que concentra 260 mil trabalhadores e tem, em média, os mais baixos salários do país.
No Nordeste, 84% dos vínculos têm remuneração abaixo do piso – nos Estados do Maranhão e de Pernambuco, nada menos que 90% dos profissionais estão nessa situação. O salário médio de enfermeiros no Nordeste é de R$ 4.717; o de técnicos de enfermagem, R$ 2.266; e os de auxiliares, R$ 2.239.
Desta forma, o levantamento aponta que as entidades privadas de saúde teriam que demitir 164.966 pessoas para compensar o impacto que o piso da enfermagem causaria em termos de gastos com folha.
O número representa 12,8% dos postos de trabalho na área. Do total, mais de 79 desligamentos ocorreriam em entidades empresariais e outros 85 mil, em entidades sem fins lucrativos.
JC Online