O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso durante a posse da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos, neste domingo (23), afirmou que voltou a ser mandatário do Brasil para, em primeiro lugar, reconstruir o país e gerar empregos.
Lula fez, à sua moda, um breve relato de seus mandatos anteriores: disse que tirou 36 milhões pessoas da linha abaixo da pobreza, colocou 40 milhões na classe média e gerou milhões de empregos num período em que a Europa desempregou milhões.
– Voltei a ser presidente porque precisamos reconstruir o Brasil e a gerar empregos – reforçou o petista.
A segunda razão pela qual voltou a ser presidente da República, segundo Lula, foi para recuperar a massa salarial dos trabalhadores. De acordo com o petista, o povo quer trabalhar direito, tirar férias e viajar de avião.
Lula não fez menção direta ao programa “Voa Brasil”, mas sua fala não deixou de ser um afago ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), que o acompanhou neste domingo a São Bernardo do Campo, onde participaram da cerimônia de posse da nova diretoria dos Metalúrgicos do ABC.
França, que está à frente do “Voa Brasil”, programa que se propõe a vender passagens aéreas ao custo de R$ 200 para a população com renda até R$ 6,8 mil e que não tenha viajado nos últimos 12 meses a partir da venda, tem visto sua pasta ser desejada por partidos do Centrão e que têm pressionado o governo para trocar o ministro.
O presidente Lula, em seu reduto, disse que as pessoas já estão percebendo os preços da comida caindo nos supermercados.
– O preço da comida já está caindo e o povo vai poder comprar mais – prometeu Lula.
Como de praxe, Lula falou sobre Bolsonaro. Ele lembrou ainda da anulação do decreto do ex-presidente que liberava a compra e o porte de armas de fogo. Disse que “esse negocio de liberar armas é favorecer os traficantes”, mas não explicou a correlação.
Ao encerrar sua fala no evento, Lula voltou a invocar o “nós contra eles” e inflamou a militância e simpatizantes para não se acomodarem, já que “nós vencemos o Bolsonaro, mas ainda não vencemos o bolsonarismo.”
*Com informações AE