Na última quinta-feira (24), realizou-se na Câmara Municipal de Goiana, Audiência Pública sobre os direitos das pessoas com deficiência, na qual foi defendido com os representantes de vários seguimentos da sociedade goianense e pernambucana projetos de que visam a inclusão da pessoa com deficiência. À Audiência foi solicitada pelo vereador Bruno Salsa (PSB) que de forma pioneira levou esse tema para discussão com a sociedade.
Para o @RadarPolítico365 Bruno afirmou que, “me sinto grato pela participação de todos na Audiência Pública, pois como profissional da saúde vejo de perto as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência em nossa cidade e até mesmo em nível estadual e nacional. Espero que as recomendações sugeridas sejam colocadas em prática, como parlamentar estarei cumprimento meu papel de acompanhar de perto as necessidades dessa parcela significativa de nossa sociedade e que aprendamos a sermos ser humanos melhores”, finalizou.
No mês de julho o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania divulgou os números das pessoas com deficiência no Brasil atualizados. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os dados foram colhidos no 3º trimestre de 2022.
Indicadores
Das 18,6 milhões de pessoas com deficiência, mais da metade são mulheres, com 10,7 milhões, o que representa 10% da população feminina com deficiência no País. O Nordeste foi a região com o maior percentual de população com deficiência registrada na pesquisa, com 5,8 milhões, o equivalente a 10,3% do total. Na região Sul, o percentual foi de 8,8%. No Centro-Oeste, 8,6% e, no Norte, 8,4%. A região Sudeste foi a que teve o menor percentual, com 8,2%.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostram também que as pessoas com deficiência estão menos inseridas no mercado de trabalho, nas escolas – e, por consequência, tem acesso a renda mais dificultado. Segundo o levantamento, a taxa de analfabetismo para pessoas com deficiência foi de 19,5%, enquanto para as pessoas sem deficiência foi de 4,1%. A maior parte das pessoas de 25 anos ou mais com deficiência não completaram a educação básica: 63,3% eram sem instrução ou com o fundamental incompleto e 11,1% tinham o ensino fundamental completo ou médio incompleto. Para as pessoas sem deficiência, esses percentuais foram, respectivamente, de 29,9% e 12,8%. Enquanto apenas 25,6% das pessoas com deficiência tinham concluído pelo menos o Ensino Médio, mais da metade das pessoas sem deficiência (57,3%) tinham esse nível de instrução. Já a proporção de pessoas com nível superior foi de 7,0% para as pessoas com deficiência e 20,9% para os sem deficiência.