O governo Lula anunciou um acordo de 600 milhões de dólares (aproximadamente R$ 2,9 bilhões) com a Argentina, nesta segunda-feira (28). O valor será entregue para financiar a exportação do país vizinho.
O dinheiro será entregue após uma cooperação entre Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). A aprovação ainda depende da palavra final do conselho gestor do CAF.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que sua equipe pensava em um acordo de 140 milhões de dólares (cerca de R$ 681 milhões) e tinha como fundamento a garantia em yuans [moeda comercial chinesa] de exportações brasileiras. O acordo, porém, foi maior do que o esperado.
– Quando a Argentina dispõe de reserva em yuan para garantir exportação brasileira, oficialmente as reservas da Argentina diminuem. A Argentina, com apoio do CAF, não precisa abrir mão dessas reservas para garantir as exportações – explicou Haddad.
O ministro disse também que quando o exportador brasileiro vender para a Argentina, ele será pago pelo Banco do Brasil, que receberá a garantia do CAF.
– O BB vai garantir as exportações das empresas brasileiras e o CAF vai entrar com uma contragarantia para o Banco do Brasil. Existe a possibilidade de a gente nem precisar acionar o Fundo Garantidor de Exportação. Seria uma operação nova que viria ao encontro dos interesses de restabelecer o fluxo de comércio bilateral – explicou Haddad.
Para discutir a questão, Lula recebeu o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, nesta segunda, no Palácio do Planalto, onde falaram também sobre o comércio entre os dois países.
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