O vice-presidente Geraldo Alckmin e a cúpula de seu partido, o PSB, se reúnem, neste momento, em Brasília, para discutir a reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende fazer. Uma das possibilidades debatidas no Palácio do Planalto é reduzir o espaço da sigla na Esplanada para acomodar o Centrão no governo.
Com risco de ser desalojado da pasta de Portos e Aeroportos, o ministro Márcio França participa do encontro. Estão presentes também o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e o prefeito de Recife, João Campos. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, o processo da minirreforma ministerial deve ser concluído “nas próximas horas”.
Apesar de o PSB ocupar três ministérios, apenas França é considerado um representante do partido no governo. O posto de Alckmin, na pasta de Indústria e Comércio, e Flávio Dino, na Justiça, são considerados como cota pessoal de Lula.
França tem rejeitado a possibilidade de assumir um novo ministério, o de Pequena e Média Empresa, que teve a sua criação anunciada pelo presidente. A pasta seria desmembrado do ministério de Alckmin.
Mais cedo, durante sua “live” semanal, Lula afirmou que faz parte da política pedir o cargo de ministros para cumprir acordos com o Congresso. “É sempre muito difícil você chamar alguém e falar ‘olha, preciso do ministério porque fiz um acordo com o partido político e preciso atender’. Mas essa é a política. O governo tem propostas importantes para passar no Congresso Nacional, os deputados não são obrigados a votar no governo porque o governo mandou”, disse o presidente.
O Globo