Nesta quarta-feira (6), os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda no valor de 175 milhões de dólares (R$ 871,19 milhões) para a Ucrânia que, pela primeira vez, inclui munição de urânio empobrecido para tanques.
A munição será usada nos tanques Abrams, informou o Pentágono em um comunicado, acrescentando que também haverá material para apoiar o sistema de defesa aérea da Ucrânia e munição adicional para mísseis HIMARS.
O uso de projéteis de urânio empobrecido, que são mais capazes de perfurar a blindagem, tem sido uma questão controversa há muito tempo por causa de seus possíveis impactos na saúde e no meio ambiente.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse em entrevista coletiva que, com o pacote desta quarta-feira, os EUA estão “muito focados” em ajudar a Ucrânia a ter sucesso na contraofensiva contra a Rússia.
As munições de urânio empobrecido, conforme ele ressaltou, são “mais pesadas” do que a artilharia padrão e “muito eficazes” contra a blindagem.
– Queremos garantir que os ucranianos sejam o mais eficazes possível nessa contraofensiva e acreditamos que a munição de urânio empobrecido os ajudará a ser eficazes – afirmou Kirby.
O porta-voz também enfatizou que “muitas forças armadas usam munição de urânio empobrecido, não apenas a dos EUA”.
– Eu acrescentaria que a Rússia. Não há grande controvérsia aqui, exceto a que a Rússia está tentando criar (…) É uma munição eficaz no campo de batalha e não representa uma ameaça radioativa para as pessoas – acrescentou.
Em março, depois que o Reino Unido admitiu planos de fornecer à Ucrânia munição de urânio empobrecido, a Rússia alertou sobre o risco de contaminação radioativa e avisou que seria forçada a reagir se o país vizinho usasse esse tipo de armamento.
O Pentágono informou que o pacote de ajuda anunciado nesta quarta-feira é o 46º fornecido à Ucrânia pelo governo Joe Biden com material dos estoques do Departamento de Defesa desde agosto de 2021.
– Os EUA continuarão a trabalhar com seus aliados e parceiros para fornecer à Ucrânia as capacidades para atender às suas necessidades imediatas no campo de batalha e de segurança de longo prazo – concluiu.
*EFE