O magnata Rupert Murdoch anunciou, nesta quinta-feira (21), que deixará a presidência da Fox Corporation e da News Corp, empresas das quais também é o fundador, deixando as rédeas do negócio para o seu filho Lachlan.
O empresário australiano naturalizado americano, de 92 anos, deixará o cargo no próximo mês de novembro, quando ambas as empresas realizarem sua assembleia geral de acionistas, segundo indica um comunicado de imprensa.
Após essas assembleias gerais, Lachlan Murdoch, de 52 anos, se tornará presidente exclusivo da News Corp e continuará como presidente-executivo e diretor-executivo da Fox Corporation.
– Em nome dos conselhos de administração da Fox e da News Corp, das equipes de liderança e de todos os acionistas que se beneficiaram de seu trabalho árduo, parabenizo meu pai por sua notável carreira de 70 anos – disse Lachlan Murdoch.
O sucessor de Rupert Murdoch também expressou sua gratidão por “sua visão, seu espírito pioneiro, sua firme determinação e o legado duradouro que deixa às empresas que fundou e às inúmeras pessoas que impactou”.
Lachlan Murdoch declarou ainda que seu pai atuará como “presidente emérito e sabemos que ele continuará a fornecer conselhos valiosos para ambas as empresas”.
Após o anúncio, as páginas principais da rede Fox News e do The Wall Street Journal, ambos da News Corp, abriram com a notícia, citando a carta enviada por Murdoch aos seus funcionários.
– Ao longo de toda a minha vida profissional estive envolvido todos os dias com ideias e novidades e isso não vai mudar – afirmou o magnata na sua mensagem.
Murdoch também declarou que “a saúde de ambas as empresas é tão robusta quanto à minha”, ao mesmo tempo em que observou que está “otimista em relação aos próximos anos” e planeja “participar nisso”.
Murdoch deixará o cargo após uma série de polêmicas, sendo uma das mais notáveis o recente acordo multimilionário para resolver um processo de difamação contra a Fox News por acusar a empresa Dominion Voting Systems, que vende máquinas de votação, de manipulação eleitoral após a derrota de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2020.
*EFE