De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de trabalhadores sindicalizados atingiu o menor patamar em uma década.
Em 2012, havia 14,4 milhões de trabalhadores associados a sindicatos trabalhistas no país. Este número representa 16,1% do total de ocupados.
A pesquisa mostra que, em 2022, o número de sindicalizados caiu para 9,2% dos trabalhadores com registro em carteira. Esta é a primeira vez que o nível fica menor que 10%.
O IBGE mostra que em todas as regiões do país houve redução na taxa de sindicalização em 2022, mas a Região Sul foi a que teve a maior queda.
Para Adriana Beringuy, gerente da pesquisa do IBGE, um dos motivos para esse resultado é a reforma trabalhista, aprovada em 2017, que tornou a contribuição sindical facultativa.
– Além da queda do imposto sindical, a reforma trouxe consigo a flexibilização de contrato dos trabalhadores. Quanto maior o caráter de vínculos independentes e isolados, mais isso contribui para uma menor participação coletiva dos trabalhadores – explicou Beringuy.
Outros motivos são a queda do número de contratações em carteira e o avanço de novas modalidades de contratação como MEI (microempreendedor individual), PJ (pessoa jurídica) e trabalho intermitente.