Nove dos principais sindicatos de professores e trabalhadores da educação em Portugal participam, nesta sexta-feira (6), de uma greve nacional que levou ao fechamento de pelo menos 80 escolas. Os profissionais exigem melhores salários e condições de trabalho, além de uma substituição geracional qualificada.
Em comunicado, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) mencionou que este protesto registrou cerca de 80% de adesão e o cancelamento de aulas em cerca de 90% das escolas em Portugal.
– Os níveis de adesão dos professores não deixam dúvidas de que os professores e educadores não toleram a forma como estão sendo maltratados pelo primeiro-ministro, pelo governo em geral e pelos ministros de Finanças e da Educação em particular – explicou o sindicato.
Na opinião do sindicato, a atual falta de valorização da profissão levará a uma falta de professores qualificados, o que afetará a aprendizagem dos alunos.
Os trabalhadores exigem “respeito” pela sua profissão, melhorias no modelo educativo e salarial e a recuperação da antiguidade que não foi contabilizada devido às duas crises econômicas anteriores do país, entre outras medidas.
A greve de 24 horas envolve os sindicatos ASPL, Fenprof, FNE, PRÓ-ORDEM, Sepleu, Sinape, Sindep, SIPE e SPLIU, que estão “à espera” de o governo socialista, que governa com maioria absoluta, apresentar o Orçamento de Estado na próxima semana.
– Infelizmente, os sinais que vão chegando não deixam otimismo entre os professores, mas se alguém pensa que a intransigência de quem está no poder vai levar os professores a desistir, está absolutamente enganado – menciona o texto.
Estes últimos meses foram marcados por dezenas de passeatas e greves que contou com a participação de trabalhadores da saúde e funcionários públicos, que exigem melhores salários, melhores empregos e medidas depois de terem sido atingidos em 2022 por níveis de inflação recorde em 30 anos.
*EFE