A deputada federal Clarissa Tércio (PP) informou que seu discurso no plenário da Câmara dos Deputados não sugeriu que o Brasil enviasse militares para a guerra em Israel, iniciada no último sábado (7) após ataques do grupo radical Hamas. O discurso da parlamentar viralizou nas redes sociais na última segunda-feira (9) após ela fazer um paralelo entre a ajuda militar israelense enviada para auxiliar na tragédia em Brumadinho (MG), em 2019, e a possibilidade de o governo brasileiro enviar forças militares para aquele país no enfrentamento ao grupo extremista.
“O mundo está observando os Estados Unidos enviando ajuda militar para Israel, enviando o melhor porta-aviões que eles têm, navio de guerra, munição, e cadê o Brasil nisso? Vamos lembrar que os soldados de Israel estiveram aqui no Brasil durante a tragédia de Brumadinho, e eles vieram aqui para nos ajudar. Cadê o Brasil colaborando com a defesa dos israelenses nesse momento?”, questionou a parlamentar no plenário.
Em 2019, 136 soldados israelenses foram enviados para Brumadinho, em Minas Gerais, para ajudar nas buscas por vítimas soterradas do rompimento da barragem da mineradora Vale. Cães farejadores e sonares usados em submarinos também foram enviados para auxiliar nos trabalhos. 270 pessoas morreram na tragédia.
Na manhã desta terça-feira (10), a assessoria de Clarissa Tércio declarou que houve uma interpretação diferente do que ela falou na tribuna da Câmara. “Ela apenas cobrou uma atitude mais firme do presidente e lembrou alguns episódios, como o da tragédia de Brumadinho, em que Israel, de forma solidária, enviou soldados”, diz o comunicado. A deputada também diz que apenas criticou a postura do presidente Lula diante dos ataques terroristas em Israel, a qual considerou como “amena e desumana”, e cobrou um posicionamento do governo federal.
JC Online