O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou nesta terça-feira (10) que o país vai realizar “uma ofensiva total” contra a Faixa de Gaza, o que mudará completamente a situação no território palestino, embora não tenha dado mais detalhes.
– Retirei todas as restrições. Recuperamos o controle da fronteira e estamos partindo para uma ofensiva total – disse Gallant, ao se reunir com militares israelenses e combatentes de elite perto da fronteira com a Faixa de Gaza.
– Vocês lutaram com grande coragem. Vocês viram o que estamos combatendo: animais humanos – declarou o ministro, caracterizando os membros do grupo islâmico palestino Hamas como o “Estado Islâmico” de Gaza.
Gallant também prometeu que “Gaza nunca mais voltará a ser o que era”.
– Vocês verão a transformação. O Hamas queria uma mudança, e ela mudará 180 graus em relação ao que eles pensavam. Eles se arrependerão desse momento – declarou.
– Não é possível que crianças israelenses estejam sendo mortas no campo e o Hamas continue a existir. Retirei todas as restrições: qualquer um que lutar contra nós será morto, usando todos os meios – frisou o ministro.
Após o ataque surpresa do Hamas no último sábado (7), o número de mortos em vários vilarejos israelenses próximos à Faixa de Gaza é de mais de 900, enquanto 2.400 pessoas ficaram feridas, das quais cerca de 500 em estado grave.
Do lado palestino, os bombardeios aéreos israelenses mataram 830 habitantes da Faixa de Gaza, muitos deles civis, de acordo com as autoridades do território.
Além disso, cerca de 1.500 milicianos do Hamas foram mortos durante o ataque ou em combates posteriores dentro de Israel, de acordo com o exército do país, que retomou o controle da região invadida na manhã desta terça.
Moradores da Faixa de Gaza disseram à Agência EFE que os bombardeios aéreos realizados desde ontem são muito diferentes dos habituais em confrontos anteriores, pois são muito mais destrutivos e lançados sem aviso prévio, o que era habitual nas operações de Israel no passado.
*EFE