A embaixada dos Estados Unidos em Israel fez um apelo aos cidadãos americanos residentes no país que desejam partir devido à atual crise em Gaza para que se apressem a tomar um voo “enquanto estiverem disponíveis”.
Em comunicado, a embaixada americana indica que os americanos que queiram partir devem dirigir-se ao aeroporto Ben Gurion (perto de Tel Aviv) neste domingo (15), e “procurar uma mesa com bandeira americana”, esclarecendo ao mesmo tempo que o transporte fretado será para locais seguros próximos, e não de volta aos EUA, e não será possível escolher o destino.
Os viajantes tampouco poderão levar animais de estimação e terão primeiro de preencher o formulário de admissão de crise no seu site antes de chegar ao aeroporto, detalha a nota.
Os movimentos de blindados militares e carros de combate aumentaram em torno da Faixa de Gaza, à espera de uma possível incursão terrestre em grande escala de Israel no enclave, que desde 2007 é governado de fato pelo movimento islâmico Hamas, responsável pelo ataque do último sábado contra o território israelense que deixou mais de 1.300 mortos, a maioria deles civis.
Desde então, os bombardeios israelenses contra a Faixa não cessaram, enquanto mais de um milhão de pessoas foram convocadas a evacuar para o sul.
Às 16h deste sábado (14) (hora local, 10h de Brasília) expirou o ultimato do Exército israelense para que os civis de Gaza fugissem para o sul e as tropas pudessem “atacar com força total”, segundo advertiu o porta-voz militar Daniel Hagari.
O ultimato afeta 1,1 milhão de pessoas – quase metade da população de Gaza –, o que representaria o maior deslocamento humano dentro da Faixa.
– Estamos mobilizados e fortemente preparados para as próximas fases da guerra – disse Hagari, após uma semana de combates, depois de Israel ter conseguido expulsar os milicianos do Hamas do seu território para passar à próxima fase, com os maiores bombardeios que já atingiram Gaza.
Israel posicionou pelo menos 35 batalhões na zona fronteiriça com a Faixa pelo norte, preparados para intensificar a ofensiva, e há uma agitação constante de tanques, veículos blindados para transporte de tropas, escavadeiras, caminhões-cisterna e jipes de artilharia.
*EFE